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  • Foto do escritorJosé Padilha

Setor cervejeiro cresce 11,6% no Brasil e impulsiona revolução no mercado de lúpulo

Planta típica de regiões frias começa a ser produzida em larga escala no país, um desafio vencido pela Mundo Hop. Cervejarias mineiras já estão trocando lúpulo importado pela produção local

O Ministério da Agricultura e Pecuária acaba de publicar o Anuário da Cerveja 2022, que tem resultados animadores para a economia. O setor cervejeiro cresceu 11,6%, com a abertura de 180 novos estabelecimentos, totalizando 1.729 cervejarias no Brasil. Acompanhando este mercado, temos o lúpulo, planta essencial à fabricação de cerveja, mas pouco produzida no país até então. Em 2023 vimos a Mundo Hop começar a mudar esse cenário, sendo a primeira produtora de lúpulo em larga escala do país.


De acordo com o anuário, a balança comercial brasileira no mercado de cerveja registra um superávit (vendeu mais do que comprou) de US$ 100.038.646. Ainda assim, observa-se que o produto nacional exportado é menos valorizado que o importado. O preço médio da cerveja brasileira exportada foi de 0,60 US$/Kg, enquanto o valor da cerveja importada foi de 0,87 US$/Kg, o que representa uma desvantagem de 31% no valor por cada quilograma da bebida.

Para Gabriel Purri, sócio-fundador da Mundo Hop, uma das explicações possíveis é a baixa qualidade que o lúpulo geralmente usado no Brasil tem. “Por ser uma planta que se adapta bem em regiões mais frias, 99% do lúpulo usado no país é importado. As safras lá fora são anuais, restando para nossos fabricantes de cerveja um lúpulo de menor qualidade muitas vezes colhidos há mais de dois anos, o que obviamente impacta no sabor e no preço da bebida”, comenta.


Em busca de mudar esse cenário, Purri e seu sócio Thiago Feneloninvestiram em pesquisa para desenvolver uma técnica de cultivo que permitisse ao lúpulo crescer em solo brasileiro – com altíssima qualidade e em larga escala – e ainda aumentar o número de colheitas. Até o momento, já foram investidos mais de R$ 3 milhões pela empresa para que o Brasil ocupe o posto almejado de produtor de lúpulo. A estimativa é de investirem mais cerca de R$ 2 milhões até o final de 2024 para expansão e melhorias.



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